Pré-modernismo
É considerada pré-modernista a literatura produzida entre 1902, ano de publicação do romance Os Sertões, e 1922, ano da realização da Semana da Arte Moderna. O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e modernismo e o movimento modernista seguinte. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalentes do Parnasianismo, Simbolismo, Realizmo e Naturalismo. Não possui um grande numero de representantes, mas conta com nomes de imenso valor para a literatura brasileira que formaram a base dessa fase.
Momento Histórico
Enquanto a Europa se prepara para a Primeira Guerra Mundial, o Brasil começa a viver, a partir de 1894, um novo período de sua história republicana: com a posse do paulista Prudente de Moraes, primeiro presidente civil, inicia-se a República do Café com Leite.
É a áurea da economia cafeeira do sudeste são o movimento de entrada de grandes levas de imigrantes, notadamente os italianos; é o esplendor da Amazônia com o ciclo da borracha; é o surto de urbanização de São Paulo. Do abandono do Nordeste partem os primeiros gritos da Revolta. Em fins do séc. XIX na Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de Os Sertões – Euclides da Cunha; nos primeiros anos do séc. XX, o Ceará é o palco dos conflitos, tendo como figura central o Padre Cícero, o famoso “Padim Ciço”; em todo o Sertão vive-se o tempo de cangaço, com a figura lendária de Lampião.
O Rio de Janeiro assiste, em 1904, uma rápida mais intensa revolta popular, sob o pretexto aparente de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por Oswaldo Cruz; na realidade, trata-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República. Em 1910 há outra importante rebelião, desta vez dos marinheiros liderados por João Candido, “o almirante negro”, contra o castigo corporal, conhecida como a revolta da Chibata.
Essas agitações são sintomas de crise “República do Café com leite”, que se tornaria mais evidente na década de