Pré-Milenismo
Por: Frank Brito
Antes de falar nisto, deixe-me fazer uma consideração sobre parábolas e linguagem simbólica.
Durante o seu ministério, Jesus também falava muito por meio de símbolos – no que chamamos de parábolas. Uma explicação muito comum, mas equivocada sobre o uso de parábolas no ministério de Jesus, era que as parábolas supostamente facilitariam o entendimento da população que ouvia Jesus, já que transmitiam os ensinamentos por meio de comparações baseadas na vida comum de seus ouvintes. Tal explicação é incoerente com o ensino do próprio Jesus sobre o tema:
E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.” (Mt 13:10-13)
Jesus não usava parábolas pra facilitar a compreensão das verdades espirituais, mas para dificultar. Para compreender uma parábola, era preciso muita reflexão. Uma pessoa que verdadeiramente buscasse a Deus iria pensar, refletir, buscar e perguntar até que ele consiga encontrar o real sentido do que Cristo ensinava. Tendo encontrado o significado, ele irá refletir sobre o ele até que ele consiga compreender o máximo possível sobre Deus mediante a nova informação adquirida. O que Jesus disse é que ele queria que o sentido da parábola tivesse aberto somente para aqueles que realmente tivessem o desejo de compreendê-las. Isso requer dedicação e esforço.
É devida justamente a sua natureza simbólica que não existe unanimidade na interpretação do Apocalipse, ainda que em meio aos melhores estudiosos. A dificuldade em compreender este livro é que a sua mensagem é quase inteiramente transmitida em símbolos. O famoso escritor Ambrose Bierce comentou com