Pré-História

ETE AAV - RESUMO HISTÓRIA (1º BIMESTRE) - CAPÍTULO 1 - SOBRE O HÁLITO DA VIDA (PÁGINA 30)
ÁFRICA: O SURGIMENTO DOS SERES HUMANOS (IMPRIMIR PARA AS AULAS DESTA SEMANA)
(página 32 do livro) - Introdução - Num sítio arqueológico do continente africano, mais precisamente no Vale de Afar, Etiópia, pesquisadores encontraram o esqueleto fóssil mais completo da família dos Australopithecus (do latim, macaco do sul). Tratava-se de um esqueleto feminino, de cerca de 3 milhões de anos, de braços longos, pernas curtas, pouco mais de um metro de altura e uma capacidade craniana estimada em 400 cm3. Durante a festa, alguém sugeriu denomina-lo Lucy. Cientificamente, ela é o Australopithecus afarensis, hominídeo catalogado como AL 288-1. Os etíopes a chamam Dinkenesh, que significa ”você é linda”. Cinco anos depois, a descoberta de pegadas fossilizadas fortalecia a hipótese do bipedismo (que anda ou se sustenta sobre dois pés). Há cerca de 6 milhões de anos, espécies de primatas teriam liberado as articulações superiores da função locomotora para outras atividades e movimentos. Teriam descido das árvores e aventuraram-se a desbravar o chão, onde não eram rápidos, fortes nem possuíam garras ou chifres. Iniciaram, contudo, uma promissora interação das mãos com o sistema cerebral numa longa trajetória que desembocaria na produção de utensílios para o trabalho, para o lazer, para fins belicosos. Ou seja, deslocaram-se, gradativamente, do solo da natureza para o território da cultura. Tal processo é conhecido como hominização, isto é, o conjunto de transformações anatômicas, fisiológicas, ecológicas e psicológicas pelo qual determinados ramos dos primatas adquiriram características humanas: bipedismo, posição ereta, linguagem articulada e raciocínio desenvolvido. Evidentemente, há hipóteses com relação há tal processo e as datas com as quais trabalhamos são sempre muito aproximadas. Os estudos mais recentes apontam para um desenvolvimento evolutivo não linear, gradual ou uniforme. A