Práticas interdisciplinares na Escola "RESENHA"
Peña, ao tecer as primeiras linhas de seu texto afirma a gratificante sensação que é descobrir-se “interdisciplinar”. Reconhece que a complexidade do termo não está somente em sua difícil pronúncia, pois por mais que as discussões acerca do tema têm sido inesgotáveis, o trabalho interdisciplinar, ainda (em muitas escolas, e entre muitos professores) encontra-se no âmbito do discurso demagógico. Zilberman e Silva (2002, p.16) ao tratar destes aspectos no artigo “Leitura:por que a interdisciplinaridade?”, diz que a “compartimentação é algo sintomático da maneira como o conhecimento científico circula atualmente, quando a valorização excessiva da especificidade torna o pesquisador ignorante das dimensões globais de seu tema de estudo”, em outras palavras, o pesquisador (podemos aqui considerar também o professor), valoriza demasiadamente o seu objeto de estudo e se engendra nas teias teóricas específicas de sua disciplina, e assim, não consegue ver além do que permite sua disciplina, tornando o conhecimento restrito, limitado. Talvez isto ocorra por falta de entendimento do próprio conceito