Práticas de Ensinar Música
Teresa Mateiro e Jusamara Souza
O portfólio passou a ser usado de forma evidente na educação a partir da década de 1990. Mas antes disso já era utilizados em áreas diferentes como por profissionais das artes, arquitetos, fotógrafos, entre outros.
Algumas definições foram apresentadas por diferentes autores, diferenciando-se de acordo com os objetivos e com o contexto de sua construção. Em um contexto mais amplo Shores e Grace (2001, p. 43) dividem o portfólio em três tipo: o particular, o de aprendizagem e o demonstrativo, “visando a um aprendizado aperfeiçoado para crianças, professores e famílias”. Campbell e Brumett (2002, p.27) mensionam outros três tipos: pessoal, acadêmico e profissional. Na área da educação existem diferentes definições e reflexões sobre o uso do portfólio, como por exemplo, para divulgar o trabalho do professor (Martin-Kniep, 2001; Tarnowski et al., 1998). Ou ainda a ideia da relação entre processo e produto citada por Campbell e Brumett (2002) e Carvalho e Porto (2005). Uma outra abordagem seria o uso desse método para o processo de formação do futuro professor (Carvalho e Porto, 2005; Villas-Boas, 2005, 2001; Lea, 2004; Craig, 2003; Rogers, 1995).
Especificamente para o curso de música o portfólio tem sido um importante instrumento para registrar os aprendizados, demonstrar as habilidades, sua filosofia de ensino, as fontes de recurso, materiais utilizados, entre outros.
No curso de Música da Universidade Federal de Uberlândia o portfólio passou a ser utilizado após uma aluna formada relatar a sensação de estar saindo do curso com “as mãos abanando”. A partir daí seu uso supriu diversas arestas no processo de formação da Universidade. Algumas das vantagens notadas foram a denotação democrática, devido à flexibilidade na sua construção, uma melhor relação entre processo e produto, uma melhor e mais frequente relação com o professor, gerando assim maior reflexão sobre os temas estudados.
Apesar das