Práticas adequadas na alimentação complementar a partir do 6º mês de vida
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) o leite materno é o único alimento capaz de atender, de maneira adequada, todas as necessidades fisiológicas do metabolismo do lactente até os seis meses de vida. O leite materno proporciona ao organismo do lactente energia e os nutrientes necessários para seu crescimento, desenvolvimento e manutenção de um bom estado de saúde (RODRIGUEZ, 2005). No entanto, no contexto atual, observa-se que o aleitamento materno passou a acompanhar o modernismo e as tendências tecnológicas e, por esse motivo, as mães optam por utilizar as facilidades como mamadeiras, papas prontas e outros alimentos para alimentar seus filhos. Hábitos esses que, cada vez mais se difundem nos países em desenvolvimento e contribuem para a substituição da prática da amamentação exclusiva por meios alternativos para alimentar a criança com idade inferior ao recomendado. O efeito protetor do leite materno pode diminuir quando a criança recebe qualquer outro alimento devido à redução da oferta de fatores de proteção, maior risco de contaminação e interferência na absorção de nutrientes do leite materno (VICTORIA, 2000).
Após a 54ª Assembléia Mundial de Saúde, a OMS recomendou a introdução de alimentos complementares em torno dos 6 meses em substituição à recomendação anterior, que era de 4 a 6 meses, e integrou essa mudança na sua recomendação para a saúde pública global (OMS, 2002) pois, a partir desse marco, as necessidades nutricionais do lactente não podem ser supridas apenas pelo leite humano. Também é a partir dessa idade que a maioria das crianças atinge um estágio de desenvolvimento geral e neurológico (mastigação, deglutição, digestão e excreção) que a habilita a receber outros alimentos que não o leite materno. (OMS/UNICEF, 98; WOOLRIDGE, 1986 ; STEVENSON, 1991). Alimentação complementar é definida como a alimentação no período em que outros alimentos ou líquidos são oferecidos à