PRÁTICA LEITORA
Mirela Almeida Sampaio²
RESUMO
Este artigo pretendeu refletir acerca dos aspectos que envolvem as práticas de leitura, o papel da compreensão no ato de ler e as relações entre a compreensão e a aprendizagem, aspectos estes presentes nas aulas de Língua Portuguesa, partindo da discussão das concepções da relação entre a prática leitora e suas possibilidades a luz de Regina Zilberman (1995), Ângela Kleiman (1999), Ezequiel Theodoro da Silva (1998), Marisa Lajolo (2001)e o Parâmetro Curricular Nacional de Língua Portuguesa - PCN (2000). Buscou-se discutir e refletir sobre essa prática com o propósito de identificar e apontar possíveis promoções de utilização de estratégias de leitura que permitam ao aluno compreender e interpretar de maneira autônoma os textos utilizados nas aulas de Língua Portuguesa. Desta forma almejou-se iniciar uma reflexão teórica por meio de estudos bibliográficos sobre o tema: A prática leitora nas aulas de Língua Portuguesa: desafios e possibilidades a fim de tentar fazer com que os profissionais da área linguística compreendam a importância da atuação leitora e as implicações de utilizá-la apenas como recurso avaliativo.
Palavras-chave: Leitura. Prática social. Sujeitos-leitores.
1 INTRODUÇÃO
A prática da leitura é uma necessidade, já que a mesma proporciona momentos de cultura e busca de conhecimentos pelo universo das palavras. Na escola esta prática deve ser um hábito cotidiano para incutir na criança o prazer de ler e por meio desse ato descobrir aprendizagens diversas.
A aprendizagem da criança na escola está fundamentada na leitura. Refletir sobre o conhecimento e controlar os processos cognitivos são passos certos no caminho que leva à formação de um leitor. Kleiman em (1997, p. 35) diz que:
a leitura que não surge de uma necessidade para chegar a um propósito não é propriamente leitura; quando lemos porque outra pessoa nos manda ler,