Prática de campo em escola pública
Por
Rodrigo Goldner
Juiz de Fora
2015
INTRODUÇÃO
Este relatório tem por objetivo apresentar as análises realizadas em campo, voltadas para a disciplina de Ensino de Geografia na Escola Básica I da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A seguinte disciplina propõe uma série de observações na relação aluno/professor e com isso, relatarei neste a experiência de 60 horas de estágio na instituição Escola Estadual Clorindo Burnier localizada na zona Norte de Juiz de Fora (MG). Serão também expostas demais discussões, debates, questões de vivência, relacionamento entre corpo docente e corpo discente, conclusões do ponto de vista pessoal, que transmitirão ao leitor o quanto foi importante o lado empírico.
O PRIMEIRO CONTATO
É claro que, para alunos de uma instituição pública, como foi o caso, é raro e atrativo ao mesmo tempo o fato de aparecer um estagiário disposto a se tornar um educador. Para eles, a primeira ideia que lhes vêm à cabeça é: “você vai ser professor?”. Obviamente, não é espanto algum comparado ao quadro atual de educação que estamos vivendo em nosso país. É necessário então, primeiramente, demonstrar com toda a sinceridade e verdade a sua total feição para aquilo que realmente quer se tornar, um professor. Foi o que fiz.
Nos primeiros dias fui organizando por etapas coisas que me chamavam a atenção. A primeira delas, o modo em que se organizavam em sala de aula. É interessante que os que respondem todas as perguntas do professor, os que sempre têm dúvidas, os mais “estudiosos” por assim dizer, assumem as carteiras da frente. Não é necessariamente verdade. Acontece que, com as carteiras enfileiradas formando um grande quadrado, alguns alunos ficam muito distantes do professor, ou seja, sua atenção fica voltada muitas vezes pra outras coisas que não fazem o menor sentido para com a matéria dada naquele momento em sala. O professor ocasionalmente não se dá conta de