Prudentopolis
Paraná - PR
Histórico
O município de Guarapuava era, na segunda metade do século XIX, o maior do Estado.
Estendia-se o território desde o rio dos Patos, na divisa com o Município de Imbituva, até o Iguaçu e o rio Paraná nas fronteiras da Argentina e Paraguai. A área compreendida entre o rio dos Patos e a serra da Esperança era, até a abertura da estrada da linha telegráfica, praticamente desabitada.
Em 1882, quando o projeto da construção da estrada oferecia perspectivas de valorização das terras, começou a afluir gente para aquela extensa região de florestas virgens, denominada então
São João - nome de um rio que passa próximo à serra e corre para o Ivaí. Consta que as margens desse último foram habitadas por tribos indígenas, pertencentes aos "Coroados", hoje desaparecidos. A 6 quilômetros do rio dos Patos, Firmo Mendes de Queiroz, descendente de bandeirantes paulistas, construiu uma casa e tentou estabelecer grandes culturas. Por ali deveria passar a estrada da linha telegráfica.
Em 1884, o pároco de Guarapuava convenceu Firmo de Queiroz a construir uma capela consagrada a S. João Batista. Nesse mesmo ano, Firmo de Queiroz doou suas terras para que se erigisse a povoação, à qual deu o nome de S. João de Capanema, em homenagem ao Barão de
Capanema, de quem era grande amigo.
Dentro em pouco tempo a povoação foi-se transformando com a chegada de famílias de diversas procedências, constituindo-se a "Vilinha", como passou a ser conhecida naquela zona.
Em fins de 1894 o Governo Federal resolveu colonizar a região de São João de Capanema, cujas terras o governo do Estado cedeu para esse fim. O diretor da colônia, Cândido Ferreira de
Abreu, em homenagem ao então presidente da República, Prudente de Morais, resolveu denominar
Prudentópolis a colônia recém-fundada, nome que fez desaparecer o de São João de Capanema.
A "Vilinha" então, como sede de colônia tomou impulso.
Em 1895 apresentava aspecto de povoação próspera, com ruas bem traçadas, movimentadas