Provas da WISC III -forma reduzida
Informação. Mede o nível dos conhecimentos adquiridos a partir da educação na escola e na família. Apela à memória episódica a longo termo. Permite verificar a organização temporal. Nas crianças que apresentam problemas de linguagem (disfasias), dificuldades de aprendizagem (déficits seqüenciais) ou desatenção-impulsividade é particularmente freqüente a existência de um déficit na organização temporal. Proporciona também uma idéia acerca da curiosidade intelectual dos sujeitos mais velhos em relação às ciências.
Vocabulário. Mede a competência lingüística, os conhecimentos lexicais e, sobretudo, a facilidade de elaboração do discurso. Tal como no subteste das Semelhanças, é de observar a justeza do vocabulário utilizado e a precisão do pensamento. Bernstein (2001) lembra que constitui uma simplificação grosseira considerar que o resultado nesta prova faculta alguma informação relativa à integridade do hemisfério esquerdo. Um desempenho baixo pode traduzir falta de familiarização com o contexto educativo ou ausência de experiência escolar. Um resultado elevado nesta prova de conhecimento do vocabulário (freqüentemente objeto de uma aprendizagem intensa) não constitui uma garantia de que o hemisfério esquerdo se encontra intacto.
Memória de Dígitos. A distinção das tarefas nesta prova, tradicionalmente conceptualizada como sendo de memória verbal, é defendida por investigadores como Riccio e Reynolds (1998) que contestam a habitual combinação dos resultados da Ordem Direta (atenção) e da Ordem Inversa (inteligência geral). Em termos globais a prova de Memória de Dígitos está associada também ao processamento verbal auditivo (Pospisil, Selden, Michaels, Devaraju-Backhaus & Golden, 2001). A Memória de Dígitos na Ordem Directa mede a memória auditiva seqüencial e é bastante sensível à capacidade de escuta e às flutuações da atenção. Quando o sujeito repete todos os números, mas não na ordem em que eles lhe foram apresentados, trata-se