Prova Operatoria
A Prova Operatória.
Paulo Afonso Caruso Ronca
Cleide do Amaral Terzi. EDSPLAN
É o momento de verificar se o aluno, de posse de conteúdos básicos e a partir deles, saber pensar, argumentar, contrapor. OPERAR enfim tais conteúdos, a partir da leitura, compreensão e interpretação de questões. OPERAR é a ação mais elaborada, formalizada e abstrata. Algumas operações abstratas: analisar, classificar, comparar, conceituar, criticar, deduzir, generalizar, levantar hipóteses, imaginar, julgar, localizar no espaço, localizar no tempo, observar, provar, reunir, resumir, seriar, solucionar problemas, transferir.
Qual a importância de saber os conteúdos, inclusive memorizá-los? O conteúdo aprendido, memorizado deve servir de ponte, de estrutura para o pensar. A prova operatória não se constitui em mecânicos questionários, testes ou exercícios, mas um momento a mais para o aluno viver internamente a construção ou reconstrução de conceitos ao longo do caminho da aprendizagem. Ou seja, um momento de aprendizagem!
Como pode ser a prova operatória?
O tratamento coloquial evidenciado nas provas, pode descontrair e ajudar a diminuir a tensão, que histórica e culturalmente, foi implantada nestes momentos de avaliação. O tratamento coloquial mobiliza o aluno. Chama-lhe a atenção. Estimula a ação da percepção, convocando-a a participar ativamente do evento. Se o aluno se sente, então,
"pessoalmente convocado" é porque está implícito que o professor também quer respostas pessoais, e de que a prova é sempre uma relação pessoal, ou até interpessoal.
Deve haver a preocupação em explicar cuidadosamente cada questão. A clareza na proposição do enunciado e o zelo na apresentação de orientações básicas (de como fazer ou de como responder) provocam no aluno um sentimento de confiança. O coloquial envolve a estrutura cognitiva do aluno, oferecendo oportunidade de organizá-la.
Não são provas difíceis ou notas baixas, causadoras de repetidos insucessos,