Prova de Linguística: texto de Miguel Rios, Juninho

A discussão que o autor emprega no texto ''Juninho, um machista no capricho'' usando o personagem Juninho, criado pelo jornalista e autor do texto Miguel Rios, para mostrar a ideologia imposta a Juninho comparando como a ideologia de algumas pessoas são usadas na educação da criança na sociedade. Juninho que é nascido homem tem que ser ''pegador'', tem que ser o “orgulho da família”, criando a ideologia na educação de Juninho que quantas mulheres mais ele 'pegar' ou seja, ter consigo mais homem ele será, e será mais bem visto dentro do quadro da sociedade em que vive. ''Homem só usa azul, homem não brinca de boneca, apenas bola e carrinho'', todos esses objetos que o autor apresenta no texto são signos que representam a masculinidade máxima dentro do quadro da sociedade. É possível perceber várias “vozes”, atrás da construção de realidade imposta a Juninho, através da sua educação, chamado por Bakhtin de refração do mundo, sendo as vozes que a pouca idade embaça os gostos que terá por si só, os adultos falam que é, em frases largadas como por descuido mas cheias de tons que traduzem o desprezo 'isso é coisa de bicha', 'viu aquele bando de sapatão na tv?' A pouca idade de Juninho embaça os gostos, não dá margem a certezas, é ainda um Lego se encaixando involuntário, peça a peça, onde cada uma pode ser descartada e substituída, mas não param de lhe enfiar as peças consideradas corretas, nem que seja a força. Vai crescendo e escutando histórias: o príncipe fica com a princesa, e final feliz. Vai vendo na novela: o galã fica com a mocinha, eles se beijam, e então final feliz. Se aparece galã com galã ou mocinha com mocinha pesa um clima, a respiração coletiva fica suspensa, e o final constrangedor. Surge a pergunta: “Ele casou com ele, mamãe?” Resposta: “Não. É outra coisa, arrume seus brinquedos e vá dormir”. A intromissão do pai: “Não pode mais assistir a isso. Vai influenciar na sua educação”. Não aceitar os parâmetros impostos no quadro da sociedade,