Protoformas do Serviço Social
1- Grupos pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social
A participação do clero no controle direto do operariado industrial remonta ao surgimento das primeiras grandes unidades industriais, em fins do século passado. Onde é constante a presença de religiosos desde o interior destas unidades até as Vilas Operárias. Assim as protoformas do Serviço Social tem sua base nas obras e instituições que começam a surgir após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Os grandes movimentos operários de 1917 a 1921 tornaram para a sociedade a existência da “questão social” e da necessidade de procurar soluções para resolvê-la, senão minorá-la.
Diante disso surgem as instituições assistências, como a Associação das Senhoras Brasileiras (1920), no Rio de Janeiro, e a Liga das Senhoras Católicas (1923), em São Paulo. São obras que contam com um aporte de recursos e contatos em nível do Estado que lhes permite o planejamento de obras assistenciais de maior importância, além da eficiência técnica. Tais instituições foram importantes, no fato de ter sido a partir delas que se criaram as bases materiais(organizacionais e humanas) para a expansão da Ação Social e para o surgimento das primeiras Escolas de Serviço Social.
1.1 O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação Especializada para a Prestação de Assistência.
O CEAS considerado como manifestação original do Serviço Social no Brasil, surge em 1932, com incentivo e sob o controle da Igreja, a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças” promovido pelas Cônegas de Santo Agostinho, como convidada Mlle. Adèle Louneaux da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas.
O objetivo central do CEAS visava tornar mais eficiente a atuação das trabalhadoras e adotar uma orientação definida em relação aos problemas a resolver, favorecendo a coordenação de esforço disperso nas diferentes atividades e