Protocolo
~ João Guimarães Rosa ~
Edifícios inteligentes
Os edifícios foram sempre mais do que simples tetos sobre as nossas cabeças. Ao longo do último século, à medida que as torres de aço foram chegando cada vez mais perto do céu e as casas se espalhavam cada vez mais pela paisagem circundante, os edifícios não só alojavam populações urbanas em expansão e economias em desenvolvimento - funcionavam também como símbolos de modernidade e progresso.
Infelizmente, os escritórios, as fábricas, as lojas, as escolas e as casas de hoje são também símbolos de algo mais - desperdício e poluição. Nos Estados Unidos por exemplo, os edifícios consomem 70% da eletricidade total, da qual cerca de 50% é desperdiçada. As luzes ficam acesas e os ares condicionados a funcionar durante a noite em escritórios vazios e os dispositivos de rega são ligados até durante uma tempestade. Os edifícios de serviços desperdiçam 50% da água que circula nos mesmos. Até 2025, os edifícios serão provavelmente os maiores consumidores de energia e emissores de gases com efeito de estufa no nosso planeta.
Os edifícios inteligentes podem reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2 entre 50% a 70% e poupar entre 30% e 50% em utilização de água.
Embora hoje em dia a atenção esteja maioritariamente concentrada nas casas inteligentes, parte do progresso mais acentuado está a ser alcançado nos desenvolvimentos comerciais em todo o mundo. O hotel St. Regis em Xangai integrou vários sistemas para criar um edifício inteligente, com uma relação entre custos energéticos e receitas abaixo dos 5% (em comparação com 8% na maioria dos hotéis de cinco estrelas). A GIB-Services na Suíça está a utilizar o calor excedente do seu centro de dados para aquecer uma piscina pública local. Uma empresa mineira do Canadá está a utilizar o calor excedente do seu centro de dados para aquecer os seus armazéns durante os