Protocolo de condutas no Pós- Datismo
Para se tomar conduta em um caso de pós-datismo, é necessário que haja segurança quanto à idade gestacional correta. Quando a gestante não se lembra da data da última menstruação, ou quando a idade gestacional com base nesta data é incompatível com os dados clínicos, avalia-se a idade gestacional com base na ultrassonografia realizada até 20 semanas. Caso este exame não esteja disponível é necessário individualizar a conduta, a depender da disponibilidade de outros dados, como, por exemplo, aspecto e quantidade do líquido amniótico, dados da evolução do pré-natal, de ultrassonografia recente, entre outros. No caso de os dados clínicos e de evolução de pré-natal serem compatíveis com a idade fornecida pela data da última menstruação, pode-se considerar esta idade mesmo na ausência de ultrassonografia precoce. Quando o colo uterino for favorável à indução, ou seja, com índice de Bishop igual ou maior que seis, iniciamos a indução do parto a partir de 40 semanas, desde que não haja contra-indicação para este procedimento, nem para parto transvaginal. Na presença de índice de Bishop menor que seis, aguardamos o trabalho de parto espontâneo até 41 semanas, com seguimento de vitalidade a seguir descrito. Entre 40 e 41 semanas, podemos tentar a indução caso o colo atinja um índice de seis ou mais. Ao atingir 41 semanas, iniciamos a indução do parto. Caso o colo tenha um índice de Bishop menor que seis, propomos o preparo do colo prévio à indução, podendo ser com misoprostol, prostaglandina intra-vaginal ou balão de folley. Em caso de uma cesárea anterior, a princípio não realizamos indução do parto. Entre 40 e 41 semanas, caso encontremos um colo favorável (Bishop maior ou igual a seis), aguardamos o trabalho de parto espontâneo (na presença de um colo favorável, a probabilidade de trabalho de parto espontâneo é maior). Caso isto não ocorra até 41 semanas, indicamos a cesárea. A partir de