Proteínas
4. Comparando com o que foi referido na introdução do trabalho, que conclusões pode tirar sobre as várias bandas, no que respeita à sua identificação, tamanho e carga eléctrica?
A electroforese é uma técnica electroquímica que se baseia na separação de macromoléculas, como é o caso das proteínas, de acordo com os seus diferentes tamanhos e cargas eléctricas. Esta separação é devida à diferença nas velocidades de migração, resultantes da aplicação de um campo eléctrico. Os diferentes valores de velocidade observados são consequência do tamanho das respectivas fracções, ou seja, quanto maior o tamanho, menor a velocidade de migração e menor a distância percorrida pelas proteínas. As proteínas são polímeros de aminoácidos, cuja estrutura geral é:
na qual, o carbono central se liga a um grupo amina, um grupo carboxilo, um átomo de hidrogénio e um grupo lateral. Os aminoácidos distinguem-se entre si pelas propriedades do seu grupo lateral. As proteínas possuem um estado de ionização (perda de electrões) que depende do ponto isoeléctrico dos seus aminoácidos (valor de pH onde existe equivalência entre as cargas positivas e negativas da molécula) e do pH do meio. Assim, proteínas em meio básico adquirem carga negativa (cedem iões H+ à solução) e em meio acídico adquirem carga positiva (captam iões H+ da solução). A técnica de electroforese de proteínas é normalmente realizada com tampões básicos de modo a conferir a carga negativa à maioria das proteínas. Deste modo, a solução que contém as proteínas é colocada no pólo negativo para que as fracções migrem em direcção ao pólo positivo. A corrida é efectuada num suporte sólido que corresponde a uma tira/membrana de acetato de celulose. As soluções mais comummente utilizadas para a obtenção de proteínas são o soro e o plasma. Estas duas soluções possuem os mesmos grupos de proteínas, à excepção do fibrinogénio, apenas presente no plasma. A presença ou ausência do fibrinogénio depende da centrifugação