protestos ambientais
Os protestos contra a construção da hidroelétrica de Belo Monte, na Amazónia, e a reivindicação de mais dinheiro para a educação serão as principais bandeiras dos "indignados" em São Paulo, no Brasil.
Movimentos sociais, estudantes, artistas e outros militantes vão levar as suas tendas para o centro de São Paulo. Não há data definida para o fim do acampamento.
Num país que ultrapassou sem grandes dificuldades a crise de 2008 e onde a atual turbulência mundial ainda não causou danos graves à economia, os manifestantes vão aproveitar o momento de solidariedade com os jovens europeus para abordarem questões locais.
O projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte surgiu há mais de trinta anos, ainda no período de ditadura militar. O projeto foi engavetado em 1989, sob pressões de grupos indígenas liderados pelo cacique Raoni e o cantor Sting, ex-vocalista da banda “The Police”.
A hidrelétrica de Belo Monte possuirá uma capacidade para abastecer mais de 26 milhões de habitantes. A construção da hidrelétrica ocupará as regiões dos municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitório do Xingu.
O lago gerado pela usina terá 516 km² de área, inundando 51.600 hectares de floresta, deixará submerso parte do Xingu (Volta Grande) e um terço de Altamira. A instalação da usina desalojará mais de 20 mil pessoas, mas gerará cerca de 80.000 postos de trabalho na sua construção.
Estima-se que a hidrelétrica de Belo Monte produzirá 11.233 MW de energia em épocas de cheias, que compreendem a quatro meses ao ano, e 4.000 MW nas épocas de baixa.
Segundo a professora Sônia Barbosa Magalhães, da Universidade Federal do Pará, em análise crítica ao Estudo de Impacto Ambiental (EIMA-RIMA) de Belo Monte, a obra gerará sérias consequências:
Inundação constante dos igarapés de Altamira, no