protestantismo e crescimento econômico
Definamos:
O capitalismo começou a revelar seus primeiros sinais ainda durante a baixa idade média (século XI ao XV), na Europa.
Seu prelúdio foi ocasionado pela forte crise que abalou as estruturas do sistema feudal. Tal crise teve como principal causa a catástrofe demográfica decorrente de um surto de Peste Negra (ou Peste Bubônica) que acometeu a Europa, dizimando aproximadamente 40% de sua população.
Este trágico fenômeno ocasionou a migração da população feudal para os centros urbanos, estes que já passavam por um forte processo de desenvolvimento, graças ao comércio que já se revelava, aos poucos, reativado pelo trânsito das cruzadas. A partir de então a Europa se lançou em um intenso desenvolvimento urbano e comercial e as relações capitalistas de produção foram se multiplicando. Desta forma, foram sendo finalmente minadas as bases do feudalismo.
Com tal arcaico, e já então obsoleto, sistema se esvaindo por entre os meandros dos novos tempos e interesses, eis que a igreja católica vai começando a perder gradativamente sua soberania cultural e social.
Ocorre que, com o final efetivo do feudalismo, os reis começam, enfim, a expandir seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo e começam a ver no controle da religião uma forma de ampliar e/ou legitimar seu poder.
A igreja, neste momento, estava entrando em uma séria crise interna (como um tipo de “refluxo” pseudo-moralista pós inquisição). A sociedade, que degustava então os primeiros rumores do Renascentismo (pensamento racional e crítico) percebia de forma cada vez mais clara o comportamento imoral do clero: Venda de indulgências, simonia, venda de cargos eclesiásticos, etc.
Esta instituição, que era, até então, a mais forte e soberana em toda a Europa, e que fora a mais implacável “colonizadora-ortodoxa”, por conta de seus valores ascéticos e completamente