Proteoma
PROTEOMA
Ilustrações cedidas pelas autoras
Avanços Recentes em Técnicas de Eletroforese Bidimensional e Espectrometria de Massa
Luciana Di Ciero
Doutora, Pesquisadora, Esalq – USP ldctleme@terra.com.br
Cláudia de Mattos Bellato, Ph.D
Pesquisadora, CENA – USP bellato@cena.usp.br
roteoma indica as PROTEínas expressas em um genOMA ou tecido. Enquanto o genoma representa a soma de todos os genes de um indivíduo, o proteoma não é uma característica fixa de um organismo. O proteoma altera com o estado de desenvolvimento, do tecido ou mesmo sob as condições nas quais o indivíduo se encontra. Portanto, há muito mais proteínas no proteoma do que genes no genoma, especialmente para eucaritos. Isto porque há várias maneiras do gene expresso, o RNA total, sofrer redução (splicing) para construir o RNA “maduro”. Este então vai servir de molde para a tradução de uma proteína, a qual sofre modificação pós-tradução. Investigar diretamente os produtos dos genes é uma forma de estudar doenças e qualquer problema biológico complexo. Por exemplo, para entender molecularmente como uma célula funciona em um indivíduo doente e em um sadio é preciso ter conhecimento das proteínas e de outros componentes celulares que estão presentes, como eles interagem e o resultado de suas interações. Portanto, análise ao nível de proteína é necessária, pois o estudo dos genes através do sequenciamento dos genes, ou seja, o estudo genômica, não pode adequadamente prever a estrutura dinâmica das proteínas, uma vez que é ao nível das proteínas que muitos dos processos de uma célula ocorrem, onde processos de doenças inicialmente acontecem e aonde muitas das drogas medicinais atuam. Sendo assim, proteômica é o método direto
para identificar, quantificar e estudar as modificações pós-traducionais das proteínas em uma célula, tecido ou mesmo oragnismos. O termo proteômica foi introduzido em 1995 para descrever todas as proteínas que são expressas em um genoma (Anderson et al.,