Prostituição na adolescência
Há artigos que abordam a violência em geral cometida contra a criança e o adolescente, sem se deterem num tipo específico de atos violentos ou enfocando mais de um tipo. Com base em seus conteúdos, podem ser esboçados princípios que antecedem a elaboração de medidas de prevenção. Assim, tais ações devem ter como ponto de partida: definição de marcos conceituais sobre violência; configuração do quadro dos atos violentos que ocorrem contra as crianças e os adolescentes e suas relações com a realidade social mais ampla; consciência acerca da historicidade da problemática; relação entre maus-tratos e desumanização; conhecimento dos problemas piscológicos encontrados em crianças que vivem em contato com a violência e articulação com a escola para o desenvolvimento de programas preventivos.
Nesses artigos, em geral, percebe-se que o eixo central da discussão dos princípios de prevenção primária aponta as estruturas e os processos sociais a serem melhor compreendidos para uma atuação incisiva no que se refere à violência cometida contra a criança e o adolescente. Nessa discussão sobressaem-se duas tendências. A primeira refere-se ao fato de que a violência não se reduz a ações individuais e, por isso, a prevenção tem que compreender os aspectos bio-psicossociais. A segunda aponta para a necessidade de desconstrução da associação mecânica entre violência, pobreza, criminalidade e violação dos direitos, predominante no senso comum.
Implícita ou explicitamente, os artigos sugerem os seguintes princípios de prevenção: nivel primário: promoção de condições favoráveis à população para que possa viver qualitativamente melhor; sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde para que possam atuar na problemática; participação desses profissionais nos movimentos sociais que se organizam na busca e equacionamento de problemas que afetam direta ou indiretamente a existência de atos violentos; fundamentação das