Propriedades nutricionais e mecanismos de ação dos aminoácidos de cadeia ramificada
Há diversos produtos no mercado com intuito de incentivar o desenvolvimento de força e potência muscular na prática de atividade física. No universo do esporte profissional, a competitividade, as recompensas sociais e econômicas, fazem com que os atletas busquem melhorar seu rendimento de qualquer maneira. Em vista disto, aumenta a procura de fatores que possam melhorar a capacidade física durante o exercício, dedicação ao treinamento, etc. Estes fatores são denominados recursos ergogênicos (produção de trabalho), que são quaisquer tipos de compostos, substâncias (alimentos, drogas), ou algo externo (música) que tem a finalidade de aumentar o rendimento (CHAMORRO et al., 2005; LINHARES & LIMA, 2006; PINTO et al., 2007).
Há diversos tipos de AATs dentre eles os BCAAs (Brainched-Chain Amino Acid) que são compostos por três aminoácidos essenciais, leucina, isoleucina e valina. A massa muscular dos seres humanos varia de 40 a 45% da massa corporal total, logo os aminoácidos de cadeia ramificada (ACR) estão presentes em grandes quantidades nas proteínas musculares, representando cerca de 35% dos aminoácidos essenciais presentes nestas proteínas (ALVES, 2002; SHIMOMURA et al., 2004; ZEISER & CORSEUIL, 2009; CAMPOS-FERRAZ et al., 2011). Os aminoácidos são unidades básicas que formam uma proteína. São formados por 4 ou 5 átomos de carbono, com uma função metila, que ramifica a cadeia de carbono na posição 3 ou 4. Eles possuem em comum um carbono alfa central ao qual estão covalentemente ligados a um grupamento carboxílico, um grupamento amino, um hidrogênio e também um radical R denominado cadeia lateral, específica para cada aminoácido, determinando assim o tipo de aminoácido (KAISER, 2002; PILLA, 2003; RIBEIRO, 2007; SILVA et al., 2009).
Há 20 aminoácidos, divididos em dispensáveis, indispensáveis e parcialmente dispensáveis, os ACR fazem parte dos