Proposta pedagogica
As deficiências do ensino constituído que é praticado em escolas de educação básica, e até mesmo em universidades, manifestam-se na evasão escolar, no alto índice de repetência, na crescente difusão dos chamados cursos informais preparatórios e, principalmente, no fraco desempenho dos alunos quando colocados diante de situações em que são solicitados a explicitar seu aprendizado. Nesse sentido são indicadores a serem considerados as avaliações internacionais, como o projeto Pisa, e as de cunho nacional, como o Enem e o Enade, cujos resultados expõem de forma bastante objetiva, para não dizer dramática, o despreparo dos estudantes diante das demandas que se apresentam na sociedade.
O baixo desempenho que os estudantes apresentam nesses processos avaliativos é um problema geral, que perpassa todas as áreas do conhecimento, não sendo exclusivo de algumas áreas específicas. No entanto, essas dificuldades de aprendizagem se revelam de forma ainda mais contundente quando se trata do ensino das ciências da natureza, em particular da Física do ensino médio.
Quando o jovem estudante ingressa no ensino médio, proveniente do ensino fundamental, vem estimulado pela curiosidade e imbuído de motivação na busca de novos horizontes científicos. Entre os diversos campos do saber, a expectativa é muito grande com relação ao estudo da Física. Porém, na maioria das vezes e em pouco tempo, o contato em sala de aula com este novo componente curricular passa a ser uma convivência pouco prazerosa e, para muitos, chega a se constituir numa experiência frustrante que geralmente é carregada para o restante de suas vidas.
Muitos dos fatores do baixo desempenho do aluno e da falta de motivação para o estudo da Física são estruturais e fogem ao controle do profissional do ensino. Outros, porém, são específicos e alguns deles podem ser resolvidos pelo próprio professor, pois dependem, em boa parte, de sua ação pedagógica em sala de aula. Em nossa opinião, muitas das