proposta para o ensino fundamental.
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O aumento do período da escolaridade obrigatória, que assegura a entrada da criança de seis anos de idade ao ensino fundamental, além de viabilizar um tempo maior de convívio escolar, pretende aumentar e classificar suas oportunidades de aprendizagem. Esta ampliação requer uma organização maior e criteriosa nos currículos, na proposta pedagógica, no material didático e nos recursos, uma vez que a faixa etária dessas crianças exige uma didática diferenciada, respeitando suas idades. Podemos analisar uma desvantagem se compararmos que o Ensino Fundamental é metodológico, a obediência e o silencio são meios considerados fundamentais para o desenvolvimento do trabalho, e a acomodação das carteiras, em que a criança, senta atrás da outra. O ritmo é bem diferente de Educação Infantil. A questão é que simplesmente arriscar em colocar uma criança de seis anos no Ensino Fundamental, nessas condições é expô-la, ainda mais cedo ao fracasso escolar. A criança de seis anos aprende por meio da fantasia, da imaginação, das brincadeiras, dos jogos, de forma lúdica. A criança não deveria entrar para o sistema do Ensino Fundamental sem que isso fosse levado em conta. Pensando nessas questões fica a dúvida, se essa ideia não vai acabar trazendo mais prejuízo para a qualidade do ensino.
A dificuldade não está na quantidade de anos, mas na qualidade dos mesmos. Seria necessária uma ampla reestruturação na forma de ensino e na qualificação dos professores. Enquanto continuarmos tratando todos como um ser igual, num contexto que todos são muito diferentes estaremos cometendo os mesmos erros, independente da quantidade de anos. De tal maneira seria adequado classes com menos alunos e que tivessem todos praticamente o mesmo "nível" intelectual para que pudessem aproveitar melhor o que é ensinado. Na Educação Infantil, mesmo a criança estando no procedimento de aprendizagem, ela não é obrigada a aprender a ler e escrever, mas, com a entrada no Ensino Fundamental, ela terá mais