Propagando A AF
PROPAGANDO A ATIVIDADE FÍSICA
PARTE 1: ENTENDENDO OS CONCEITOS PARA AMPLIAR SUA PROMOÇÃO
NA ATENÇÃO BÁSICA
Emanuel Péricles Salvador1
O fenômeno é observado em programas de televisão, sites e redes sociais. A divulgação da atividade física (AF), hoje não passa mais despercebida devido à grande divulgação dos seus benefícios, inclusive por não profissionais, seja por meio de vídeos, fotos nas redes sociais ou blogs. Esse movimento crescente não tem apenas a revolução tecnológica como grande ator, mas, em nosso país, ao menos dois fatores foram essenciais para o “boom” da AF: 1- O aumento das informações científicas comprovando os benefícios da AF e os prejuízos com a sua falta e; 2-O grande desenvolvimento da Educação Física (EF), principalmente após o seu reconhecimento como área da saúde em 1998. Uma prova disso está nos mais de
1300 cursos de graduação no país, somando licenciatura e bacharelado. As escolas, academias, clubes, entidades esportivas e hotéis são alguns dos exemplos da expansão de atuação do profissional de EF. Entretanto, dentro do sistema de saúde, este profissional ainda possui tímida participação. Dentre os possíveis motivos, a forma como esse profissional enxerga o seu objeto de trabalho, a própria AF, pode surgir como uma das principais barreiras.
O profissional de EF tem como objetivo promover a saúde, em seu sentido mais amplo, por meio da prática de AF. Entretanto, muitos profissionais ou estudantes não aproveitam todo o potencial da área e acabam pecando em três aspectos: 1- O conceito de AF ora é trabalhado de forma generalizada de acordo com a definição “todo gasto energético realizado acima dos níveis de repouso”
(CASPERSEN, 1985), ora é totalmente restrito, considerando apenas o exercício físico (AF como forma de lazer estruturada, planejada e repetida). No primeiro caso, a definição apresenta um viés fisiológico, que, embora seja componente importante, ignora fatores psicológicos e sociais presentes na AF. No segundo caso, os