Projeção Cartográfica
A maior dificuldade em cartografia é transferir o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana, que é o mapa. Só podemos conseguir essa transferência, essa passagem, de maneira imperfeita, infiel, com algumas alterações. O problema das projeções cartográficas exige, portanto, uma grande dose de imaginação.
Todo mapa é um processo de alteração da superfície terrestre. Esta distorção será maior quanto maior for a área cartografada.
5.3 – Tipos de Projeções Cartográficas
O Desenvolvimento de Uma Esfera
Ao tentarmos desenvolver uma esfera (ou parte de uma esfera) sobre um plano, observamos que os limites externos de sua superfície são os mais sacrificados, apresentando maiores alterações, enquanto que o centro da mesma não apresentará deformações. Portanto, o centro de uma projeção é a parte – que pode ser um ponto ou uma linha (um paralelo ou um meridiano) – em verdadeira grandeza, sem alterações de escala.
Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, utilizamos superfícies intermediárias que tenham a propriedade de se desenvolver. Temos, então, que procurar figuras semelhantes à esfera, que sejam passíveis de desenvolvimento.
O cilindro, o cone e o plano constituem esses tipos de figuras.
As projeções cartográficas costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndricas; cônicas e plano tangente ou azimutal.
As projeções cartográficas podem ser classificadas:
a) Conformes: não deformamos os ângulos, não deformando pequenas áreas. Os paralelos e os meridianos se interceptam em ângulos retos.
b) Equivalentes: têm a propriedade de não deformar as áreas, conservando, quanto à área, uma relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. Para conseguir a equivalência de áreas, a forma será sacrificada, sendo deformada.
c) Eqüidistantes: não apresentam deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em escala uniforme.
d) Azimutais: