Projetos
COMO VIABILIZAR?
Olenêva Sanches Sousa – UFBA – oleneva.sanches@gmail.com
Temos dados suficientes para constatar inúmeros problemas relativos ao processo ensino-aprendizagem da Matemática. A abrangência do conhecimento matemático no contexto sócio-cultural, muitas vezes, no ambiente escolar, encontra-se tímida e paradoxalmente restrita. A sociedade moderna exige, diz D’Ambrosio (sd), “participação ativa de todos os interessados na tomada de decisões. Na prática docente isso se manifesta na elaboração do aprendizado.“ Não por acaso, portanto, as leis brasileiras vigentes para a Educação promovem à escola e ao educador autonomia para as ações e novas considerações sobre a realidade.
Ao educador matemático, cabe o usufruto desta autonomia e desta valiosa referência à vida real como condição para tornar o conhecimento matemático democrático, ético e efetivamente útil ao exercício da cidadania. “O ciclo de aquisição de conhecimentos é deflagrado a partir da realidade, que é plena de fatos que informam o indivíduo”, conclui D’Ambrosio (sd), apresentando o ciclo “...realidade ( indivíduo ( ação ( realidade...” .
A Pedagogia de Projetos é uma forma otimista de imprimir mudanças significativas ao processo pedagógico da Matemática.
A Pedagogia de Projetos é um modo de organização da prática pedagógica que envolve os estudantes como co-autores de suas aprendizagens. De modo mais amplo, têm sido os projetos de trabalho, diz Veiga (2001), uma forma de gerar a autonomia da escola, através do projeto político-pedagógico. Liberdade é um princípio constitucional, pondera, associado diretamente à autonomia e ambos são inerentes à prática pedagógica. “(...) liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente” (Veiga, 2001, pp.19-20) Diante de sua perspectiva participativa, colaborativa, prospectiva e