projetos de intervenção ambiental
Até recentemente, acreditava-se que a diversidade de peixes no mar brasileiro fosse pequena, mas novos estudos têm mostrado que essa idéia é falsa. No caso dos chamados peixes recifais, são muitas as espécies descobertas.
Conhecer melhor tais espécies, e muitas outras ainda por descobrir, é essencial para que o Brasil administre racionalmente essa riqueza, fonte de alimento para a população litorânea, de renda para empresas de pesca e de coleta de peixes ornamentais e de diversão para pescadores amadores e mergulhadores esportivos.
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Antes mesmo que o naturalista sueco Karl von Linné (1707-1778) publicasse a décima edição de seu Sistema naturae, obra que marca o nascimento da zoologia moderna, com a utilização de nomes duplos (indicando gênero e espécie) em latim, os peixes marinhos brasileiros já eram objeto de estudo de viajantes europeus.
O registro mais antigo conhecido é o do naturalista alemão Georg Marcgraff (1610-1644), que, em suas andanças pelo Nordeste do país, catalogou algumas dezenas de espécies (figura 1), referindo-se a elas através de seus nomes indígenas (ver Arte e ciência no Brasil holandês, em CH nº 15).
Nos séculos seguintes, outras expedições partiram da Europa mercantilista em busca de novos conhecimentos sobre riquezas naturais brasileiras, e diversos autores publicaram informações dispersas sobre peixes marinhos dessa nova terra (figura
ILUSTRAÇÃO LUIZ BALTAR SOBRE FOTO DO PEIXE LABRISOMUS SP, POR R. ZALUAR
Ricardo Zaluar P. Guimarães
Laboratório de Biodiversidade de Recursos Pesqueiros,
Universidade Federal do Rio de Janeiro
João Luiz Gasparini
Departamento de Biologia,
Universidade Federal do Espírito Santo
Carlos Eduardo L. Ferreira
Departamento de Oceanografia,
Instituto de Estudos do Mar
Almirante Paulo Moreira
Luiz Alves Rocha
Departamento de Pesca e Ciências
Aquáticas,