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Segundo o autor uma novela sócio lingüística,propõe uma reflexão sobre as variações lingüísticas do português falado no Brasil. São apresentados dois grandes grupos: o português padrão (PP) e as numerosas variedades de linguagem que se distinguem dele, o português não padrão (PNP). A história envolve uma professora aposentada de lingüística, Irene, sua empregada Eulália, sua sobrinha Vera e duas amigas desta, Emília e Sílvia. Ocorre na casa de Irene, em Atibaia, onde Vera e suas amigas vão passar as férias. Irene as recebe e as apresenta á Eulália,cujo modo de se expressar lhes chama a atenção. Vera e suas amigas são professoras, e elas começam a achar engraçado o modo de falar de Eulália, posto que para elas a única maneira certa de falar é a português padrão. Irene comenta que não se deve criticar o modo “diferente” de ela falar, pois ele é uma variação lingüística do português. Surge então a ideia de se discutir as diferenças entre o Português padrão e o Português não padrão. Irene está escrevendo um livro sobre lingüísticas e se propõe a ministrar aulas para as visitantes, idéia que é aceita de imediato pelas três. O curso compreende aulas diárias, a que todas participam com interesse e entusiasmo. Como numa real novela, o autor consegue prender a atenção e o interesse pelo modo claro e didático com que desenvolve o assunto, de modo que o próprio leitor se entrega ao grupo,aprende os conceitos e aprecia as discussões entre Irene e suas alunas.Há um nítido interesse em defender o Português não padrão e os que o praticam em seu uso diário,condenando a discriminação que geralmente existe em relação a eles.É posto ênfase em que o Português padrão deve ser ensinado nas escolas,mas que também deve ser dado aos alunos a oportunidade de conhecer e valorizar as variações lingüísticas existentes ,dando aos usuários destas o respeito que merecem.As aulas são desenvolvidas com a apresentação de quadros e esquemas sobre diferentes aspectos do Português não padrão, postos