projeto
John Ruskin e Eugène Viollet-Le-Duc foram grandes percussores da preservação do patrimônio histórico e geradores de importantes correntes ao redor desse parâmetro da arquitetura.
Apesar de discorrerem sobre o mesmo assunto, seus ideais partiam de princípios totalmente diferentes um do outro.
John Ruskin não venera a restauração dos artefatos arquitetônicos, dizia que “não se tinha o direito de tocar nos monumentos antigos, que pertenciam, em parte, àqueles que os edificaram e, também, às gerações futuras”.
Para os que não apoiavam as intervenções, a “restauração é impossível e absurda”, pois equivaleria a “ressuscitar um morto”, além de romper com a autenticidade da obra. Porém, não há exclusão da possibilidade da manutenção, desde que esta seja imperceptível.
Por outro lado Viollet-le-Duc, o intervencionista, que considerava que restaurar um edifício significa “restituí-lo a um estado completo, que pode nunca ter existido”. Para isso, fazia uma análise profunda de como teria sido feito o projeto original se tivesse todo o conhecimento e experiência da época da concepção, concebia o “modelo ideal” e impunha sobre a obra esse esquema já montado. Por isso em sua obra muitas vezes percebe-se a falta de respeito pela matéria e pelas modificações sofridas pelo edifício ao longo do tempo, pois ele reconstituía edifícios inteiros a partir desse “modelo ideal” resultando muitas vezes em um edifício completamente diferente do original.
Sendo assim, se um edifício não continha todos os elementos necessários a compor um estilo, estes deveriam ser acrescentados no processo de restauração, o que seria basicamente um ultraje aos pensamentos de Ruskin.
Viollet-le-Duc atuou em época na qual a restauração estava se firmando como ciência. Usava da racionalidade, lógica e coesão de ideias. Foi um grande admirador do gótico, estilo que ele considerava “o modo mais racional de construir”.
Em relação à