projeto p.i
O varejo no Brasil começa a tomar novos rumos com a estabilização da moeda e a inevitável globalização. Em 1994 a afirmação do Real como moeda forte fez com que o foco das atenções tomasse novo direcionamento. Antes se pensava apenas em volume, preço e prazo de pagamento, ou seja, uma estratégia pura e simplesmente voltada à gestão interna. Com a estabilização da moeda, a gestão foi obrigada a tornar-se mais abrangente, tendo que se preocupar, também, com a concorrência crescente, principalmente em função do mercado interno ter despertado o interesse de investidores externos, bem como a mudança de comportamento do consumidor, pois, como os preços já não sofriam tantas oscilações, ele agora poderia idealizar um bem e mensurar quanto tempo seria necessário para adquiri-lo. Dessa forma, os varejistas tiveram que pensar em vender o que o consumidor gostaria efetivamente de comprar e não mais o que eles tivessem em volume e decidissem vender. Outro fator que causou grandes mudanças nos setores como um todo e no varejista em específico, foi o surgimento do código de defesa do consumidor, que trouxe consigo muito mais obrigações e custos aos fornecedores e varejistas que tiveram de providenciar, dentre outros, centrais de atendimento para reclamações, trocas, devoluções, indenizações por reivindicações. Além disso, uma série de outras adequações passou a ser praticada, como a imposição de que todos os produtos obrigatoriamente deveriam apresentar prazo de validade (que é um bem sem igual ao consumidor, mas que traz grandes complicações aos fornecedores e varejistas). Tudo isso, por sua vez, foi transferido ao preço final do produto e a grande preocupação dos varejistas e fornecedores passou a ser em como continuar competitivos. Este cenário, ao contrário do que parece, não trouxe prejuízos nem ao consumidor – que passou a poder reclamar seus direitos – nem aos varejistas, que verificaram um giro muito