Projeto e pesquisa
Os autores se assemelham quando tratam dos sistemas de crítica como terceira força
(Bertrand) e terceiro sistema (Braga). Bertrand foca seus estudos na questão da criação e da operação dos MAS e sugere que se empregue uma terceira força, que é democrática e inofensiva. “Esta força é capaz de bloquear os excessos do Estado e do Mercado. Podemos encontrá-la nos próprios jornalistas: é o desejo da maioria dos profissionais fazer bem o seu trabalho”. O outro componente desta terceira força é o público, formado por milhões de eleitores e consumidores.
O terceiro sistema proposto por Braga, indo além da produção e da recepção, abriga as respostas que a sociedade gera depois de receber o que foi produzido. Através desse sistema, seria possível também avançar no conhecimento da crítica, um dos retornos possíveis. Outro ponto em comum é a idéia dos autores de que a crítica da mídia não se restringe ao ambiente jornalístico ou acadêmico, pelo contrário, quando a sociedade fala sobre a mídia, ela também é capaz de fazer a crítica. Para Bertrand, através da Internet, dos conselhos, associações, para Braga até mesmo uma conversa de bar sobre a mídia também seria considerada crítica. Os pesquisadores também avaliam que a existência da crítica produzida pela sociedade, que não é melhor nem pior que as críticas especializadas, chama a atenção