Projeto tcc
A preocupação e interesse pela obesidade infantil e os aspectos emocionais associados nos conduz ao presente estudo. A obesidade é definida pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo, possui causas multifatoriais e com anos de evolução, prejudica gravemente a saúde e a qualidade de vida. É um distúrbio do metabolismo energético em que ocorre um armazenamento excessivo de energia, sob a forma de triglicérides no tecido adiposo (1, 2, 3). Os estoques de energia no organismo são regulados pela ingestão e pelo gasto energético. Quando há equilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, o peso corporal é mantido. Um pequeno balanço positivo acarreta baixo incremento de peso, mas o desequilíbrio crônico entre a ingestão e o gasto leva à obesidade. Resumidamente, pode-se dizer que os fatores causais da obesidade estão ligados à excessiva ingestão de energia e ao reduzido gasto ou a alterações na regulação deste balanço energético (3). Atualmente a obesidade é um dos problemas de maior prevalência entre crianças e está aumentando de forma significativa em todo o mundo. É, por isso, considerada uma epidemia global e um grande problema de saúde pública. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), há mais de um bilhão de adultos no mundo com excesso de peso (4). O estilo de vida atual (atividade física reduzida devido à falta de segurança da área ou de espaço físico), as escolhas dietéticas (consumo excessivo de carboidratos e gorduras), aumento da oferta de produtos pela mídia, o comodismo moderno que leva ao sedentarismo, proporcionam um aumento no índice de obesidade (5). Integrada a estes conceitos a obesidade sugere que as transições demográfica, epidemiológica e nutricional ocorridas nas últimas décadas são os principais fatores para o excesso de peso de crianças e adolescentes. Esses dados evidenciam a preocupação mundial de que o excesso de peso é um