Projeto Politico Pedagógico Educação Infantil
Ao lançar esta nova coleção de publicações intitulada “Educação para Todos”, o Ministério da Educação – MEC e a UNESCO pretendem criar um espaço para a divulgação de textos, documentos oficiais, relatórios de pesquisa, relatórios de eventos, estudos encomendados a pesquisadores, acadêmicos e educadores nacionais e internacionais, o que significa provocar e aprofundar o debate em torno da busca da educação para todos. Consideram também que a coleção possa servir como canal de interlocução, de informação e formação entre gestores, educadores e pessoas interessadas no campo da educação continuada
— campo esse caracterizado pela exclusão que marca os processos de aprendizagem formal de um número inaceitável de pessoas jovens e adultas no Brasil e no mundo.
Tendo assinado a Declaração Mundial de Educação para Todos, em
Jomtien, na Tailândia, em 1990, os 155 governos que firmaram o acordo se comprometeram em garantir uma educação básica para crianças, jovens e adultos, independentemente de sexo, etnia, classe social, religião e ideologia. Na visão do então Diretor-Geral da UNESCO, o processo lançado em Jomtien representaria “um ponto de inflexão nas tendências populacionais, no desenvolvimento de recursos humanos, no crescimento econômico, em padrões de migração rural e internacional, na formação de uma nova visão global, se as suas metas forem efetivamente alcançadas”1 . O objetivo de Jomtien era não somente tentar garantir educação básica – a satisfação de necessidades de aprendizagem – para a população mundial, mas também redefinir a visão e o escopo da educação básica.
1 Frederico Mayor, Diretor-Geral da UNESCO citado em TORRES, R.M. One decade of
Education for All: The challenge ahead. Buenos Aires: IIEP, 2000. p.5.
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Dez anos mais tarde em Dacar, Senegal, um balanço das metas estabelecidas em Jomtien revelou que, na maioria dos países em desenvolvimento, a meta de educação básica fora reduzida à educação primária para