projeto politico pedagogico
A ESCOLA DOS COLONIZADORES
O COLÉGIO DOS JESUÍTAS
Antes de ser uma cidade, São Paulo foi uma escola. No atual Pátio do Colégio, junto à encosta do Tamanduateí, o Colégio dos Jesuítas foi o começo da nossa cidade. A colonização do território, naquela época, teve como ponta de lança uma escola.
O processo de colonização tinha nas ordens religiosas, principalmente na Companhia de Jesus, um de seus principais instrumentos. Essa intenção de ocupação se tornava real, palpável e concreta a partir da construção de escolas. O edifício da escola materializava a nova doutrina difundida entre as crianças índias e os filhos dos colonizadores, e o papel de instrumento da colonização refletia-se no edifício. Os assentamentos de frente da ação colonizadora tinham, quase sempre, um colégio, uma escola, uma missão ou um seminário.
O Pátio do Colégio, na época Largo do Palácio, c. 1862
Crédito: Militão Augusto de Azevedo
A reação dos índios à doutrina dos jesuítas não foi tranqüila. Ninguém passa a acreditar em um Deus de um dia para o outro. Houve resistência da cultura indígena, ao mesmo tempo que os bandeirantes paulistas, interessados em aprisionar os índios, entravam em conflito com os catequizadores. Os jesuítas foram expulsos; mais tarde voltaram e retomaram a catequese. O colégio, erguido em uma encosta, funcionava como uma fortificação: os jesuítas pensavam em se proteger tanto dos bandeirantes quanto dos próprios índios.
Pátio do Colégio.
Crédito: Juca Martins
Sob a responsabilidade das ordens religiosas, as construções escolares, como o Colégio de São Paulo de Piratininga, começaram a configurar um padrão de escola religiosa, que abrigava a moradia dos religiosos, as salas de aula, a igreja e demais instalações. As construções tinham características de conventos e seminários. Hoje em dia, da antiga construção do Pátio do Colégio só resta um segmento de parede em taipa de pilão e as catacumbas sob a igreja.
Planta da cidade de São Paulo de