Projeto pesquisa
ALGUNS DESAFIOS E ARMADILHAS
Ramon Llongueras Arola1
“Viver a vida é, entre outras coisas (e sobretudo, quem sabe?), buscar a vida feliz e não meramente sobreviver (...) A vida boa, a vida feliz –a vida que merece ser preservada, nutrida, comunicada, reproduzida e festejada- é o desfrute compartilhado do afeto, da companhia, do trabalho, do alimento, do descanso, da arte, do jogo, da dança... enfim, da festa!
A vida boa, a vida feliz, é também a aptidão para assumir criativamente o sofrimento pessoal como dimensão intrínseca da própria vida. É, igualmente, disposição para apreciar e acompanhar a aflição dos outros com solidariedade e ternura. Mas a vida boa é, também, esforço para superar o sofrimento injusto e evitar o sofrimento desnecessário.”
OTTO MADURO
“A pobreza e a miséria humana mais radical talvez consista na anulação da capacidade de afirmar a própria vida”.
HUGO ASSMANN
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Psicólogo e Mestre em Educação
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1. Conceituação de Educação social e Educação social Especializada.
Independentemente do enfoque que adotemos, a Educação Social estará determinada por duas características distintivas: seu âmbito social e seu caráter pedagógico. De acordo com Petrus (1998) alguns enfoques destacam: a função de ajuda educativa a pessoas ou grupos que configuram a realidade social menos favorecida; a análise da influência dos meios de comunicação ou o estudo dos problemas derivados da interculturalidade.
Cada enfoque destaca, então, um desses aspectos, mas entendendo que todos eles estão inter-relacionados.
Ao falar de grupos menos favorecidos apontamos a
relação entre educação social e exclusão social. Ao destacar a influência dos meios de comunicação na socialização apontamos a relação virtual/real, a redefinição do papel dos contextos de desenvolvimento com as novas tecnologias mediatizando a realidade.
A interculturalidade, o contato e relação entre culturas (seja virtual ou não), nos faz