Projeto patrimônio histórico
A POLÍTICA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO CENTRO DE SÃO PAULO DEPOIS DE 1990
1. INTRODUÇÃO O centro de São Paulo é a área que concentra o maior número de edifícios tombados da cidade, 910 exemplares numa área de 4,4 km2 - distritos municipais da Sé e Republica. Apesar de São Paulo ter comemorado em 2004 seus 450 anos de existência, é apenas a partir de 1900 que grande parte deste patrimônio é constituído. A fundação de São Paulo data do século XVI quando, um grupo de padres da Companhia de Jesus, escalou a Serra do Mar chegando ao planalto de Piratininga e encontrou uma localização topográfica perfeita do ponto de vista da segurança, uma colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. A 25 de janeiro de 1554, aí fundaram o Colégio dos Jesuítas, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga que, durante séculos ocupou a área que hoje denominamos Centro Velho ou triângulo histórico, em cujos vértices ficam os Conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo. Até o inicio do século XIX, as ruas do triângulo concentravam o comércio, a rede bancária e os principais serviços de São Paulo. No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí em 1867 e do afluxo de imigrantes europeus. Em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes dos quais 71 mil eram estrangeiros e, em 1900, chegou perto dos 240 mil. Foi apenas nesse período a área urbana começou a se expandir para além do perímetro do triângulo. A abertura da Avenida Paulista em 1891, a construção do Viaduto do Chá em 1892 promovendo a ligação do "centro velho" com a "cidade nova e a construção em 1901 da nova estação da São Paulo Railway, a Estação da Luz preparam a cidade do século XX. A riqueza