Projeto monografia
A utilização de árvores como elemento componente do meio urbano não é recente. A importância estética e até espiritual das árvores foi registrada na história da civilização pelos egípcios, fenícios, persas, gregos, chineses e romanos. Compondo jardins e bosques sagrados, destacando e emoldurando templos, o uso de árvores determinou conhecimentos rudimentares sobre as mesmas e sua manutenção (BERNATZKY, 1980 Apud MILANO e DALCIN, 2000). Tais conhecimentos foram desenvolvidos e aprimorados na Idade Média com o surgimento de jardins botânicos, que davam ênfase a espécies com valor medicinal. Com a Renascença, num empreendimento científico, o homem passa a buscar e cultivar espécies trazidas de outras regiões, que eram colecionadas e exibidas em jardins botânicos do Velho Mundo. O ato de cultivar espécies exóticas também proporcionou um considerável avanço nas formas de cultivo e manutenção das árvores. Esses conhecimentos todos foram sendo solidificados, mas foi apenas por volta de 1700 que as árvores passaram a ser objeto de estudos científicos mais apropriados nos jardins botânicos de todo o mundo. Sua presença nas cidades, então, como elemento de composição urbana, passou a ser cada vez mais marcante. Finalmente, as árvores selaram sua presença nas “urbes” por volta de 1800, com os squares de Londres e os boulevards de Paris, seguindo até os dias de hoje como componentes obrigatórios do ambiente urbano (GREY e DENEKE, 1978 Apud MILANO e DALCIN, 2000). O início do tratamento político e legal da questão, por sua vez, data do final do século passado, quando importantes medidas de proteção das árvores públicas contra danos físicos, por meio de multas, foram estabelecidas nos Estados Unidos (GREY e DENEKE, 1978 Apud MILANO e DALCIN, 2000). É de 1901, por exemplo, o estabelecimento do chamado “Método Roth” de avaliação de árvores, na Universidade de Michigan, conforme DETZEL (1993) Apud MILANO e DALCIN (2000). No