projeto jardim edite
Os desafios começaram logo na elaboração do programa. Uma série de equipamentos públicos estava em situações precárias no bairro, e uma articulação da Sehab com outras secretarias fez com que uma unidade básica de saúde, uma creche e um restaurante-escola viessem a fazer parte do conjunto. O coeficiente de aproveitamento para zonas de interesse social chega a quatro vezes a área do terreno, o que permite a máxima inserção de unidades, mas, igualmente, exige sofisticação de projeto para o forte adensamento.
A solução foi articular três torres, que se erguem na paisagem, e dois grandes edifícios lineares. Estes últimos chegam rígidos no chão e resolvem os programas públicos e o acesso aos blocos.
O térreo público tem usos distintos, o que exigiu projeto especial para cada uso. A creche foi fechada ao exterior, mas dentro proporciona uma amplitude para as crianças, com um grande jardim interno, para o qual todas as salas de aula e pátio se abrem, garantindo a entrada de luz natural ao mesmo tempo em que protege as crianças do barulho intenso das avenidas vizinhas.
A unidade básica de saúde é ainda mais fechada, por exigências de legislação e por seu uso como micro-hospital. Uma laje cobre toda a extensão da unidade, recebendo luz natural somente pelos grandes tanques de iluminação feitos de concreto armado, que iluminam o saguão central das alas de espera para tratamentos. O restaurante-escola está quase na esquina, sendo o