Projeto guerra nas estrelas
O termo “Guerra nas Estrelas” é usado pelo Greenpeace para descrever a proposta do governo dos EUA de criar um Sistema Nacional de Defesa Anti-Mísseis (NMD, em inglês), por causa de sua semelhança com o plano proposto pelo ex-presidente Ronald Reagan, na década de 80. O Guerra nas Estrelas é um sistema de radares e satélites usado para detectar o lançamento de mísseis inimigos. Estes radares e satélites têm o objetivo de informar o lançamento de mísseis pelos EUA, permitindo que interceptem e destruam os mísseis inimigos antes que eles atinjam seus alvos. Até agora, o plano permanece unicamente como teoria. Depois de décadas de testes totalizando US$ 120 bilhões - provenientes do imposto pago pelos cidadãos americanos -, o Pentágono ainda não tem um plano que funcione.
Quando o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, anunciou em março de 1983 o projeto Iniciativa de Defesa Estratégica (IDE), mais conhecido como "guerra nas estrelas", esse ambicioso plano já tinha sua central de operações. Localizava-se no arenoso atol de Kwajalein, nas ilhas Marshall (Micronésia, Pacífico Norte), e consistia numa base secreta de alta tecnologia. Ali, um grupo selecionado de cientistas civis e militares pesquisava e desenvolvia sistemas antibalísticos e de rastreamento no espaço. Ali também ocorreu a façanha pioneira que consistiu em explodir, com um míssil teleguiado, outro projétil nuclear em pleno ar (...).
Pela primeira vez desde que se iniciou a corrida espacial, conseguia-se interceptar um míssil na alta atmosfera. Tornava-se possível explodir ogivas atômicas no espaço, durante o curto intervalo em que elas se dirigem para o alvo. Era, afinal a prova da viabilidade do projeto "guerra nas estrelas", que prevê o uso do espaço cósmico para a instalação de escudos defensivos antimísseis. Seu papel inicial: proteger o território e as instalações militares americanas contra os 1.400 mísseis balísticos intercontinentais do arsenal soviético,