PROJETO FINAL
Seguindo o meu caminho pessoal, natural, guiado pela minha intuição e pelo o que acredito, a vida me proporcionou viver duas experiências mais profundas que pude sentir através do parto dos meus filhos. Foi um período de transformação, passei por jornadas físicas, psíquicas, culturais e espirituais.
Meu primeiro filho nasceu de parto normal, porém com intervenções médicas dispensáveis, como episiotomia, ocitocina, aminiotomia, que só serviram para me sensibilizar sobre a necessidade de transformação do modelo de assistência obstétrica.
Entretanto, cursando enfermagem tornei mãe novamente. E este fenômeno me fez buscar, outras ideologias, discursos e maneiras de construir os sentidos do ser mãe. Ainda estudante, busquei vivenciar grupos de gestantes. O primeiro grupo que fiz parte foi o grupo de gestante do Centro de Práticas Integrativas Equilíbrio do Ser, onde eram facilitados por duas doulas e trabalhavam com maneiras alternativas, meditação, massagens, respiração, alimentação e cuidados com o corpo além de trocar cada experiência vivida. O segundo grupo foi a Roda de Gestantes e Casais Grávidos, facilitado por uma parteira e doulas na tradição, onde elas acolhiam as gestantes e os pais com seus bebês.
Mas minha curiosidade pela concepção, gestação, parto e maternagem, enfim pela nova vida surgindo se estendia para além do grupo em que fazia parte, e passei a me especializar em enfermagem obstétrica, conhecendo o lado fisiológico e espiritual de gestar, parir e maternar.
Neste sentido, nutrida por esse sentimento de amor, coloco-me diante do desafio de compreender a percepção de mulheres sobre a gestação, maternidade e espiritualidade. Formas capazes de identificar os sentimentos de amor e proteção envolvidos nesse elo eterno entre mãe e filho.
1. JUSTIFICATIVA
O período de gestação, parto e puerpério, ricamente permeado pelos símbolos arquetípicos do inconsciente, pode se apresentar como uma oportunidade de encontro da mulher com seu eu