projeto de tese mestrado geografia
Triângulo Mineiro e no Alto Paranaíba.
INTRODUÇÃO
A escassez ou a degradação de recursos naturais envolvem diversos atores sociais e, dentre eles, destacam-se as organizações públicas e privadas, inseridas nesse cenário pelas relações existentes entre as suas atividades e a interferência no meio ambiente.
Diante disso, como detentoras de recursos que permitem colaborar com a sociedade para garantir tanto a qualidade como a quantidade dos recursos naturais, tem sido exigido dessas organizações, cada vez mais, políticas para mitigar os impactos que exercem na natureza.
A gestão dos recursos hídricos é um exemplo desse problema, pois sua escassez ou poluição interferem na qualidade de vida das pessoas. A inexistência ou precariedade de saneamento básico estão diretamente relacionadas à ocorrência de diversas doenças (EZAKI; IRITANI,
2012). O Brasil é considerado uma nação rica em recursos hídricos, fato que induz a percepção de que há segurança quanto ao fornecimento de água. No entanto, essa cultura de riqueza é enganosa, pois muito desse recurso se encontra em locais pouco povoados, como a região amazônica, no norte do país. Em outras partes do território brasileiro, onde a densidade demográfica é alta, a situação é preocupante (HOEKSTRA; HUNG, 2005;ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 2005; REBOUÇAS, 2006, CAUBET, 2013).
De acordo com o Indicador de Falkenmark, utilizado pela Organização das Nações Unidas
(ONU),para mensurar o estresse hídrico, uma região com disponibilidade de água doce renovável inferior a 1.700 m³/habitante por ano é considerada escassa em relação a esse recurso. O nível que apresenta a situação mais crítica desse indicador, cujos locais são classificados com escassez absoluta de água, é para as regiões cuja disponibilidade hídrica é inferior a 500 m³/habitante por ano (FALKENMARK et al., 1989; FALKENMARK;
WIDSTRAND, 1992;