Projeto de Pesquisa
Historicamente, desde o início da civilização, o homem não se conforma com a fatalidade da doença, e por isso, vem procurando formas para vencê-la por meio de rituais religiosos, magias, sugestões, e muitos outros recursos que foram e ainda são investigados numa tentativa de escapar de um desfecho inevitável. Nesse contexto surge a Medicina que vem, desde Hipócrates, se aperfeiçoando em dar respostas que promovam curas, amenizem dores e adiem a morte, tentando, assim, suavizar o sofrimento humano. Com a evolução da medicina e com a percepção de que o adoecimento excede os limites do organismo, por se relacionar ao homem e a seu contexto. Entra em cena a psicanálise.
O termo psicose foi utilizado pela primeira vez em 1845, por Ernst Von Feuchtersleben, para substituir o termo loucura. A utilização do termo psicose, como tentativa de compreender as manifestações do comportamento humano, talvez seja um dos temas mais fascinantes da Psiquiatria, pois a loucura, sempre foi um tema que exerceu um fascínio sobre a vida cotidiana. Nesse período de readaptação do conceito, a loucura na Psiquiatria era apontada como doença mental, e entendida como uma doença orgânica (ROUDINESCO 1988, p.621).
Entretanto para Jarpers (2003, p. 697), psicoses são “doenças mentais e afetivas”. Consiste em processos mórbidos que se acrescentam, e que podem ter começado, basicamente por efeito de herança, a certos períodos de vida, ou resultando em lesões exógenas. Freud no artigo a Perda da Realidade na Neurose e na Psicose (2006, p. 207), emprega o termo psicose onde “a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de remodelamento”. Logo a perda (substituto) da realidade na psicose repudia e tenta substitui-la, seja através de uma realidade delirante ou alucinatória.
Freud no artigo “Neurose e Psicose” relata a importância genética entre uma neurose e uma psicose:
A neurose é um resultado de um conflito entre o e ego e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de