Projeto de pesquisa cultura popular e literatura
Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens.
Jacques Le Goff
O AUTOR
Jacques Le Goff, destacado historiador medievalista ligado a Escola dos Annales, autor de vasta produção historiográfica, foi responsável pela Escola dos Annales em sua terceira geração na década de 1970.
A OBRA
Ela é dividida em 10 capítulos e foi lançada em 1988. No prefácio o autor produz um estudo aprofundado sobre a história, exclamando se a história tem sentido ou se existe sentido nela. A história, portanto, é erudita, sendo também entendida como uma prática social e conseguiu, ao seu modo, passar as limitações da transmissão oral. A atual história é uma filosofia da história e também a história do homem. O documento é monumento e cabe ao historiador respeitar sua especificidade. O calendário, por exemplo, é uma forma de a sociedade domesticar o tempo natural, ligado a cultura e dialoga com as ciências da natureza e vida. O autor fala de eventos do século 20, como o fracasso do marxismo, fascismo, nazismo, as duas guerras mundiais e a bomba atômica, a renovação da ciência histórica (Escola dos Annales), e o terceiro mundo com sua nova história.
HISTÓRIA
O estudo da história começou na hegemonia européia. O autor apresenta o argumento de alguns intelectuais[1], e afirma que ela é renovação e crise, presente e passado, parte do presente no passado, além de poder ser divididas em duas: a história da memória coletiva e a dos historiadores. O documento é um texto e por isso um discurso, e por esse viés o autor afirma que o documento, o monumento e os textos nunca são puros. A objetividade do historiador não é somente uma omissão aos fatos,