Projeto de desenvolvimento para a america latina
A críticas mais consistentes à concepção cepalina da promoção da industrialização como forma de superação da condição de subdesenvolvimento centravam-se na insuficiência teórica da formulação, que não apreenderia as “classes sociais” e a natureza “capitalista retardatária” da industrialização latino-americana.
Segundo essas críticas, esta insuficiência influencia va decisivamente nas possibilidades de êxito da estratégia de desenvolvimento cepalina; Não obstante as críticas, a CEPAL manteve-se coerente nos limites do se próprio paradigma até o final dos anos 80, quando a influência neoliberal foi determinante na inflexão de rumos. A mudança mais marcante é a aceitação da precedência do equilíbrio de curto prazo, pois na realidade dos países da região isto
13 Não estamos com isto dizendo que esta dicotomia é correta. Nossa perspectiva teórica pressupõe a idéia de um Estado Capitalista, com funções que não permitem uma separação analítica como a presente nesta dicotomia. No entanto, a dicotomia, de alguma maneira, está presente na concepção de
Fajnzylber.
significou na prática a circunscrição da política econômica à estabilidade da moeda, em condições estruturais bastante adversas; Esta inflexão de rumos – um redirecionamento dos esforços da política econômica para a estabilidade macroeconômica – não alterou a concepção de fundo da Escola, centrada na idéia do crescimento econômico com avanços sociais. Contudo, a ênfase na política macroeconômica agudiza a deficiência teórica apontada pelos críticos, pois o grau de subordinação da mesma às determinações dos países centrais é relativamente maior, pelas condições de finanças globalizadas dos anos 1990; Concluímos que dois movimentos precisariam ser feitos pela Escola
Cepalina. O primeiro movimento seria o de reconhecer a validade dos argumentos dos Neomarxistas, que consideram que a condição periférica é constitutiva ao capitalismo, sendo