projeto da prostituição
JAIME BRASIL, em a “A Questão Sexual” prostituição hospitaleira dos caldeus, ou a sagrada da Babilônia. Ora, a prostituição nunca foi “sagrada nem hospitaleira”, porque tem sido sempre infame, como o
Advento da instituição. Sempre que alguém discorre sobre a prostituição, remonta às origens dela recordando a mercantilismo que a tornou possível.
A prática dos antigos povos do Oriente, seguida ainda hoje por muitas tribos selvagens de oferecer as mulheres e as filhas aos hospedes e forasteiros, nada tem com a prostituição. É o segmento da tradição poligâmica da comunidade primitiva das mulheres. O caráter religioso, isto é, mágico, que sempre andou ligado às revelações sexuais, entre esses povos, levou-os a consagrarem templos aos deuses e deusas da fecundação. O contributo que as mulheres da Babilônia eram chamadas a dar ao culto de Milita, oferecendo-se, pelo menos uma vez por ano, aos que visitavam o templo, não significa também que houvesse prostituição. Dado que a poliandria e a promiscuidade eram a tradição, o restabelecimento dessa prática com fins religiosos mediante um donativo para o culto, de maneira nenhuma se deve aproximar da prostituição, exercida permanentemente como profissão, com um objetivo mercantil.
Um vestígio dessa tradição existe ainda hoje nas chamadas “festas de caridade”, em que damas da alta roda ou atrizes em evidência, põem em leilão um beijo a favor de obras beneficentes. Esse costume: a retribuição monetária de uma prazer embora com objetivos altruístas – não é por ninguém considerado um ato de prostituição, nem prostitutas, apenas por isso, aquelas que o praticam.
As primeiras não se vendiam às riquezas, o único desejo de se instruírem impelia-as a colocarem-se acima da opinião e a preferirem a vida livre à vida obscura da casa.
Escolhiam o homem que lhes convinha e viviam maritalmente com ele. As segundas, menos instruídas, mas não menos