Projeto calçada verde e floresta urbana
Introdução
A importância de uma calçada
De acordo com a quantificação da mobilidade nas cidades brasileiras, realizada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2002), 43,6% dos deslocamentos com distâncias superiores a 500 m são feitos a pé, e todos os demais tipos de deslocamento (de carro, ônibus, bicicleta, etc.) incluem trechos a pé, independente da classe econômica envolvida.
“Portanto, constatamos que calçadas são prioridade na questão de mobilidade, pois estão envolvidas em alguma etapa de qualquer tipo de deslocamento, ou ainda (...) enquanto as pessoas não voarem aqui na Terra, vão mesmo precisar de calçadas“ (YÁZIGI, 2000).
Além disso, onde existem boas calçadas, o bairro torna-se mais desejável e um lugar melhor para viver – pergunte a qualquer imobiliária. Calçadas servem a várias finalidades: espaço para caminhadas sem ter que pegar o carro; para recreação com crianças, com o uso de triciclos e brinquedos de puxar; lugar para uma reunião informal com os vizinhos e, principalmente, incentivo para as pessoas utilizarem a forma mais básica de transporte – andar, resultando em menos trânsito, menos poluição e grande economia de energia para a sociedade. O concreto das calçadas e o asfalto nas ruas pioram o clima da cidade, impedem a infiltração da água no solo e contribuem para o aquecimento global A arquitetura urbana adotou o concreto como cobertura dos pisos, abandonando os materiais naturais, o que tornou as calçadas totalmente impermeáveis. As cidades apresentam um alto índice de impermeabilização, ou seja, a água da chuva não penetra no solo devido ao concreto e ao asfalto das ruas. A substituição de coberturas naturais pelo concreto provoca mudanças nas características da atmosfera local.
A falta de permeabilidade do solo aumenta o risco de enchentes e não permite a reposição dos aqüíferos, reduzindo a vida de nascentes, córregos e mananciais,
comprometendo