Projectos
Protocolo de Acidente Vascular Cerebral Fonoterapia
Versão eletrônica atualizada em Março – 2009
Março - 2009
Atuação Fonoaudiológica
A atuação do fonoaudiólogo no Protocolo de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico pressupõe a avaliação da deglutição de todos os pacientes que ingressam no programa institucional do AVC isquêmico e hemorrágico, com ou sem queixas relacionadas à deglutição. A continuidade da assistência, assim como demais avaliações (comunicação, por exemplo) dependerão da necessidade de cada caso.
AVALIAÇÃO INICIAL DA DEGLUTIÇÃO
Muitos dos estudos que relacionam os AVC e a deglutição apontam que o AVC é uma das causas mais comuns de desordem da deglutição, denominada disfagia. O dado mais alarmante é o fato da disfagia decorrente de AVC poder ser a principal causa de morbidade relacionada às complicações respiratórias e à desnutrição.
Entre 30 e 50% dos AVCs resultam em disfagia neurogênica orofaríngea, podendo aumentar para até 80% nos casos de AVC em tronco cerebral. Os AVCs do tipo isquêmico tendem a ter conseqüências mais brandas que o AVC hemorrágico, geralmente mais grave, de maior extensão, mas ambos merecem atenção.
Em muitos casos, o paciente pode não apresentar manifestações clínicas aparentes, mas apresentar broncoaspiração silente, ou microaspiração, o que aumenta ainda mais a taxa de morbidade e/ou mortalidade.
Outros estudos mais recentes apontam que a disfagia manifesta-se especialmente durante os primeiros dias pós-AVC, estando presente em cerca de 51% dos pacientes nos 2 primeiros dias após o episódio, e
reduzindo sua incidência para 27% dos pacientes nos próximos sete dias. Após seis meses do episódio inicial, a maioria das dificuldades de deglutição
Março - 2009
está sanada, mas cerca de 8% dos pacientes ainda mantém disfagia orofaríngea, com risco de broncoaspiração.
Atualmente há uma tendência mundial de crescente preocupação de toda a equipe de saúde, principalmente