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A antiga cidade de Roma se confunde com o vasto império que dela se originou: todo seu simbolismo de poder, suas formas arquitetônicas se estendem por todo território, em arquedutos, vias pavimentadas, viadutos, assim como marcha seu vitorioso exército em busca de mais uma conquista. Toda essa vastidão de Roma era mantida sobre uma fraca organização administrativa, contudo se fazia valer da habilidade em manejar objetos sólidos, sistematizando o conhecimento matemático grego e dimensionando-o em grande escala. Os romanos souberam respeitar e aprender com os povos por eles conquistados, fazendo disto um grande trunfo para sua expansão e construção do seu império.
Roma soube fazer de uma cidade, um império. Como uma empresa, mantém a centralidade do poder, porém se reproduz em diversas filiais ao longo do território, levando sua marca, e atribuindo a cada cidade uma função estratégica para a manutenção do império. Entre outras coisas, essa política de expansão rompe com um antigo arranjo das cidades muradas, tamanha foi a capacidade de Roma de arregimentar diversos povos dentro da ordem romana, mesclando a ela a cultura já existente dos dominados. Cria-se um sentimento de pertencer a uma unidade, um único lugar, o de ser romano.
“Roma foi o grande moinho de salsicha que transformou outras culturas, em toda sua variedade de forma e conteúdo, em seus próprios elos uniformes. Onde os romanos deixaram certa medida de liberdade municipal, não se destinava ela a promover a variedade, mas manter uma desconfiança e uma inveja de longa data entre cidades vizinhas, para garantir, graças a sua própria divisão continuada, o governo não dividido de Roma”
O próprio alvorecer da cidade romana vem da miscigena de duas culturas, a etrusca e a helênica. Da primeira a religiosidade e as superstições do desenvolvimento romano. A acrópole da cidade etrusca sempre se situava numa colina, supõe-se que ali se fazia os ritos sagrados antes de uma cidade ser fundada. As primeiras