proibicao Mein Kampf
Condenado a uma pena de cinco anos no forte Landsberg, Hitler serviria apenas nove meses, que seriam porém, suficientes para conceber o livro que se tornaria mundialmente conhecido como "a bíblia do nazismo". Destinado a um público em particular, os membros do partido nacional-socialista (nazista), o livro logo se torna popular entre o público alemão, permitindo a Hitler acumular uma boa soma em direitos autorais. Durante a administração nazista, era costume oferecê-lo a recém-casados, a soldados prestes a servir, e era ensinado nas escolas primárias de toda a Alemanha.
Com um discurso e narrativa própria, o texto estava marcado pelo radicalismo e pela violência, buscando ao mesmo tempo responder perguntas que afligiam à sociedade alemã, entre elas uma crucial: a razão da perda da guerra, a qual atribuiu aos judeus e aos comunistas, que seriam inimigos do povo alemão e de seu progresso. Pregava ainda a volta do império e uma retomada no sentimento de orgulho alemão, além de um ódio pelo liberalismo e sua consequente modernidade democrática. Curioso notar que seu livro não dá uma descrição pormenorizada do que seria o nacional-socialismo, ao mesmo tempo que seu movimento ia estabelecendo laços com empresários e financistas.
Hoje, o Mein Kampf segue proibido em muitos países, inclusive na Alemanha, devido ao conteúdo de intolerância política, religiosa e racial que este apresenta. Em outros porém, como a Turquia, tornou-se recentemente um best-seller. O fato é que o livro permanece como o documento primário para se entender a doutrina nazista, e o porquê da necessidade desta de ser combatida.
O livro Mein Kampf ("Minha Luta"), com elementos autobiográficos de Adolf Hitler, voltará a ser publicado em uma versão com comentários, prevista para 2015 pelo Estado Regional da Baviera,