Progressão Continuada

INTRODUÇÃO

A progressão continuada, estando prevista na Constituição de 1988 incorporada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº9394/96, artigo 32, parágrafo 2º), instituída no estado de São Paulo pelo Conselho Estadual de Educação – CEE (Deliberação nº09/97) e adotada pela Secretaria de Estado da Educação – SEE, permite que a organização escolar seriada seja substituída por um ou mais ciclos de estudo, objetivando oferecer aos alunos todas as oportunidades possíveis para que aprendam cada vez mais, eliminando barreiras que, ao final de cada série, estavam interrompendo o processo natural de aprendizagem, desconsiderando os conhecimentos construídos pelos alunos no decorrer do ano, e obrigando-os a começar da estaca zero, repetindo o caminho já percorrido.
No entanto, ela vem sendo vista atualmente pela comunidade escolar, como um meio artificial e automático de se empurrar os alunos para as séries, etapas, fases subseqüentes, ou seja, aquela que continua admitindo as reprovações nas passagens dos ciclos ou que usa esse sistema apenas para voltar à antiga divisão do ensino fundamental em dois níveis (agora ciclos), de quatro séries cada um.
Esse problema ocorre devido ao não entendimento da real proposta da progressão continuada pela sociedade, para a educação, e da forma como foi implantada nas instituições públicas paulistas. Na verdade não houve a mudança de paradigmas velhos para a efetivação de um novo. O que vem ocorrendo é que a sociedade tem buscado entender as novas propostas de progressão continuada, a partir do paradigma antigo de escola seriada e, consequentemente, não consegue entender o processo de progressão continuada, proposto para o ensino fundamental público.
No entanto, a partir desse trabalho pretendemos contribuir com esclarecimentos para uma melhor compreensão e, consequentemente, mudanças de visão sobre o que é a progressão continuada, qual o seu objetivo e significado e de que forma ela auxilia no processo